domingo, 6 de dezembro de 2009

Projeto Do Cursista

Check out this SlideShare Presentation:

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

PROJETO: A ORTOGRAFIA E A REFORMA ORTOGRÁFICA

PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR








A ORTOGRAFIA E A REFORMA ORTOGRÁFICA









Lacioni Wolf

Nova Trento
2009







Problemática:o professor cursista sentiu a necessidade de trabalhar com seus alunos a ortografia, tendo em vista que eles apresentam muitos erros ortográficos.


Objetivo do projeto: proporcionar a internalização natural das regras de ortografia, enfatizando principalmente, mudanças ocorridas com a Reforma Ortográfica de 2008.


Metodologia:
Leitura de livros relacionados à ortografia;
Ensino de regras ortográficas;
Aplicação de jogos para a internalização das regras.


Fundamentação teórica:

O aprendizado da ortografia e a maneira de ensiná-la, na escola são assuntos que geram grandes discussões no meio linguístico. A proposta do presente projeto é apresentar, por meio de estudos teóricos, o processo de aquisição e internalização da ortografia pelos educando do Ensino Fundamental. Da mesma forma, apresentar estratégias pedagógicas que possam facilitar o ensino da ortografia para os professores de Língua Portuguesa. Ainda neste projeto, discutir-se-ão as mudanças nas regras de ortografia da Língua Portuguesa que ocorreram com o Acordo Ortográfico de 2008, bem como possíveis estratégias de ensino das mesmas.
Para Buarque e Rego (2007), a Língua Portuguesa é uma língua de base alfabética, ou seja, utilizam-se letras para representar os sons das palavras. Nesse tipo de representação escrita, o ideal seria que cada fonema – unidade de sons representada por um complemento distintivo – fosse representado por uma letra correspondente, dessa forma, codificar a oralidade em escrita seria simples. No entanto, na maioria das vezes, um fonema pode ser representado por letras diferentes e, por conseguinte, uma letra pode representar dois ou mais fonemas. O primeiro pode ser exemplificado pelo fonema /k/: tanto a letra c quanto o dígrafo qu representam e este fonema. No segundo caso, podemos tomar como exemplo a letra x, a qual pode representar os fonemas /∫/, /z/ e /ks/. Existem, entretanto, poucos casos em que uma letra representa apenas um fonema; é o caso das letras d, p, t, v, b e f.
Partindo desse mesmo conceito, Artur Gomes de Morais escreveu o livro “Ortografia: ensinar ou aprender”, o qual relata a discussão de como ensinar ortografia em sala de aula, de como driblar os desafios da Língua Portuguesa. Como, no parágrafo acima citado, sabe-se da complexidade que a ortografia da Língua Portuguesa oferece, diante dessas variações fonológicas, muitas perguntas são elaboradas, como ensinar corretamente ortografia para os alunos? É importante ensinar ortografia? Como ensinar sem recorrer aos exercícios tradicionais?
Portanto, como ensinar ortografia fugindo do método tradicional? Vive-se em um momento histórico de renovação, desde a nova ortografia até conseguir que a língua ensinada na escola tenha um propósito e características semelhantes aos que adotamos quando lemos e escrevemos fora do ambiente escolar. Deste modo, deve-se, sim, ensinar ortografia, mas fazê-la de uma maneira sistemática, com leituras, produções de textos e sempre direcionado-a para as maiores dificuldades dos alunos na escrita.
A função da escola é monitorar a escrita do aluno e prezar pela escrita correta deste aluno de acordo com a norma padrão da língua, entretanto, na maioria das vezes, cria poucas oportunidades para que ele reflita sobre as dificuldades ortográficas da Língua Portuguesa.
Ao iniciar a formação do seu repertório ortográfico, o educando precisa entender que a ortografia é uma forma de representar a oralidade por meio de palavras escritas. Leal e Roazzi (2007) observam que o aluno evoluiu ao dominar esse conceito básico sobre oralidade e escrita, mas, que essa evolução apenas continuará a partir do momento que o educando compreender que a escrita não é uma reprodução fiel da oralidade, levando em conta os conceitos e exemplos citados anteriormente.
O domínio das regras ortográficas é um processo demorado e exige a internalização de regras por parte do educando e, durante esse período, é comum que o aluno cometa erros ortográficos ao escrever. Isso porque, leva algum tempo até que o educando compreenda a não fidelidade da oralidade para com a escrita. Entrementes, é dever de o professor auxiliar o aluno a internalizar as regras da ortografia.
Como já apresentado, a maneira para realizar esta tarefa causa discussões: não é raro ouvir afirmar que a melhor maneira de aprender a ortografia está na repetição da escrita de certas palavras por meio de ditados, cópia ou memorização de listas de palavras. Sugere-se ainda que a leitura frequente aproxime o aluno da perfeição ortográfica. De acordo com Leal e Roazzi (2007), essas práticas podem apresentar algum resultado, entretanto, é por meio da compreensão das regras ortográficas que o aluno constrói seu repertório ortográfico e passa a entender o funcionamento da ortografia, podendo então, entender a razão pela qual as palavras são grafadas de maneira distinta.
São vários os fatores que influenciam o porquê de estudar ortografia; a Língua Portuguesa tem várias regras as quais explicam quando se deve ou não usar determinada letra. Morais (2002) levanta duas hipóteses a respeito de ensino ortográfico: o que o aluno pode aprender, o que ele precisa memorizar? Entende-se que aprender ortografia nem sempre é uma questão de memorizar, muitas palavras dependem de um contexto para seu emprego correto, outras dependem de regras e, por fim, algumas dependem de sua origem (etimologia). Diante desses conceitos o ensino da escrita pode ser uma tarefa de memorização de conceitos ou de regras e de conhecimento etimológicos de diversas palavras.
Verifica-se ainda, que o Brasil é um país diverso em cultura, sendo que indivíduos de diferentes regiões, pertencentes a diferentes grupos sócio-culturais, ou nascidos em diferentes épocas, pronunciam as mesmas palavras de forma diferente. Neste país não existe uma única forma de pronúncia correta; assim, como não existem argumentos científicos que permitam afirmar que a pronúncia de alguma região do país possa ser considerada mais correta do que outra, como afirma Morais (2002).
De acordo com Morais (2002, p.19), exemplifica-se esse conceito da seguinte maneira: “um carioca e um pernambucano pronunciam de modo diferente a palavra tio, o primeiro diria algo como /tchio/ e o segundo /tiu/, na hora de escrever, se não houvesse uma ortografia, cada um registraria o seu modo de falar”. Assim, deve-se escrever de uma forma unificada para todos comunicarem-se de uma maneira mais comum, não gerando dúvidas quanto ao uso da variante escrita da língua. A ortografia funciona, então, como um recurso capaz de cristalizar na escrita as diferentes maneiras de falar dos usuários de uma mesma língua.

A visão dos PCNs sobre o ensino da ortografia

Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais da Língua Portuguesa referentes ao Ensino Fundamental, doravante PCNs, comumente os professores aplicam o ensino das regras ortográficas, através da apresentação de roteiros gramaticais seguidos de atividades escritas em que o educando reescreve inúmeras vezes as palavras que grafou incorretamente. Os PCNs consideram que este tipo de exercício pode até provocar nos alunos uma memorização das regras ortográficas, mas eles não sabem contextualizá-las.
“Ainda que tenha um forte apelo à memória, a aprendizagem da ortografia não é um processo passivo: trata-se de uma construção individual, para a qual a intervenção pedagógica tem muito a contribuir”. (PCNs da Língua Portuguesa, 1997, p. 57).
O ensino das regras da nova Reforma Ortográfica não se evade desta linha de pensamento, uma vez que os professores têm de fazer os seus alunos esquecerem as antigas regras e internalizarem as normas do novo acordo ortográfico.
Segundo os PCNs, as táticas que devem ser abordadas nas aulas de Língua Portuguesa - dando ênfase ao ensino das regras do novo acordo ortográfico - devem envolver o tema “produtivo e reprodutivo”.

Permitindo no primeiro caso o descobrimento explícito de regras geradoras de notações corretas e, quando não, a consciência de que não há regras que justifiquem as formas corretas fixadas pela norma; e a distinção entre palavras de uso frequente e infrequente na linguagem escrita impressa. (PCNs da Língua Portuguesa, 1997, p. 57).
Por fim, os PCNs propõem que a memorização de novas formas ortográficas devem entrar em prática o quanto antes independentemente de serem “regulares ou irregulares, definidas por regras ou não”.
“É preciso que se diferencie o que deve estar automatizado o mais cedo possível para liberar a atenção do aluno para outros aspectos da escrita”. (PCNs da Língua Portuguesa, 1997, p. 58).


Cronograma: as atividades serão desenvolvidas durante o segundo semestre letivo de 2009 e durante todo o ano letivo de 2010.


Avaliação: Os educandos serão avaliados durante a realização dos jogos que compreenderá a capacidade de entendimento do aluno em relação às regras ortográficas.

Lista de presença





terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Foto da turma do Gestar II

Gaiolas e asas (Rubem Alves) Texto para reflexão e deleite

Os pensamentos me chegam de forma inesperada, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que Lichtenberg, William Blake e Nietzsche frequentemente eram também atacados por eles. Digo “atacados“ porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Aforismos são visões: fazem ver, sem explicar.
Pois ontem, de repente, esse aforismo me atacou: “Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas"
Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.
Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri conversando com professoras de segundo grau, em escolas de periferia. O que elas contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças... E elas, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, dar o programa, fazer avaliações... Ouvindo os seus relatos vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra - e há domadoras com seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres... Sentir alegria ao sair da casa para ir para escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O seu sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que as fecha junto com os tigres.
Nos tempos da minha infância eu tinha um prazer cruel: pegar passarinhos. Fazia minhas próprias arapucas, punha fubá dentro e ficava escondido, esperando... O pobre passarinho vinha, atraído pelo fubá. Ia comendo, entrava na arapuca, pisava no poleiro – e era uma vez um passarinho voante. Cuidadosamente eu enfiava a mão na arapuca, pegava o passarinho e o colocava dentro de uma gaiola. O pássaro se lançava furiosamente contra os arames, batia as asas, crispava as garras, enfiava o bico entre nos vãos, na inútil tentativa de ganhar de novo o espaço, ficava ensanguetado... Sempre me lembro com tristeza da minha crueldade infantil.
Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes de periferia? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas?
Me falarão sobre a necessidade das escolas dizendo que os adolescentes de periferia precisam ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, é preciso que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor.
Mas, eu pergunto: Nossas escolas estão dando uma boa educação? O que é uma boa educação? O que os burocratas pressupõe sem pensar é que os alunos ganham uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E para se testar a qualidade da educação se criam mecanismos, provas, avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.
Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Você sabe o que é "dígrafo"? E os usos da partícula "se"? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase "Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante"? Qual a utilidade da palavra "mesóclise"? Pobres professoras, também engaioladas... São obrigadas a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata sua experiência com as escolas: "fui forçado (!) a estudar o que os professores haviam decidido que eu deveria aprender – e aprender à sua maneira..." O sujeito da educação é o corpo porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens.
A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que ela, a inteligência, era "ferramenta" e "brinquedo" do corpo. Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender "ferramentas", aprender "brinquedos".
"Ferramentas" são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia a dia. “Brinquedos“ são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. No momento em que escrevo estou ouvindo o coral da 9ª sinfonia. Não é ferramenta. Não serve para nada. Mas enche a minha alma de felicidade. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo educação.
Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. Ferramentas me permitem voar pelos caminhos do mundo. Brinquedos me permitem voar pelos caminhos da alma. Quem está aprendendo ferramentas e brinquedos está aprendendo liberdade, não fica violento. Fica alegre, vendo as asas crescer... Assim todo professor, ao ensinar, teria que perguntar: "Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo?" Se não for é melhor deixar de lado.
As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o vôo dos seus alunos. Há esperança...
(Folha de S. Paulo, Tendências e debates, 05/12/2001.)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Relatório do 10º encontro -TP6 - Oficina 12

Nossa última oficina do ano ocorreu dia 17 de novembro. Nesse dia concluímos o TP6, unidades 23 e 24 que trata sobre o processo de produção textual (revisão e edição) e sobre literatura para adolescentes.
Assistimos ao slide do TP6
Check out this SlideShare Presentation:
Tp6
View more presentations from cleia.


RESULTADO DA OFICINA


Sugestões de livros de literatura e motivações para leitura das obras.

5ª série


' Meninos morenos' de Ziraldo. Expor no quadro o título 'Meninos morenos' e perguntar aos alunos o que lhes sugere. A seguir, a capa do livro será apresentada, mostrando-lhes que os meninos morenos não são um grupo formado apenas por meninos nem apresentam uma só etnia.
Em seguida, haverá a leitura do resumo da obra e do primeiro e segundo parágrafos da página 6, em que esses detalhes da ilustração de capa se mostrarão importantes constituintes da história. A partir das informações recolhidas nessas fontes, sabemos também que os meninos morenos ocupam toda a América Latina, cabendo, nesse momento, o apoio de um mapa mundi, em que ficará clara a extensão territorial da 'morenice'.
Outro fator para o qual os alunos devem atentar, e que será exposto pelo professor, é a presença de ilustrações, coloridas ou não, foto, quadros, partituras musicais e, obviamente, os poemas do guatemalco Humberto Ak'abal. a interrogação que motiva essa atividade é ; " De que forma esses constituintes auxiliam na história?

8ª série
'Uma história de amor' de Carlos Heitor Cony
Uma estratégia para apresentar a história é a seguinte: ( começar pelo terceiro cpítulo) o professor coloca no quadro apenas o primeiro parágrafo que trata da chegada de Henrique, personagem principal, à nova escola. Neste momento inicial para terem acesso ao texto, os alunos deverão desenvolver a técnica do redator e da formiga. Os alunos deverão trabalhar em duplas ou, no máximo, trios,. Caberá à 'formiga' correr até onde o texto estará fixado e memorizar o máximo de palavras possíveis e após deverá relatar ao redator, que irá escrever. O jogo terminará quando todas as duplas (ou trios) tiverem concluído o texto.
Logo após, concluída essa etapa, o professor pedirá para que um aluno leia o texto em voz alta. Em seguida, os alunos farão um momento de introspecção relembrando seus primeiros dias na escola, como foi a recepção dos colegas, quais eram suas expectativas...
Para 'esquentar' ainda mais a conversa, o professor poderá ler para os educandos o seguinte trecho extraído da página quatorze do livro: " Fiquei só no banco. Alguns me olhavam, como se eu tivesse invadido um território proibido. Baixei os olhos, e só ergui quando todos haviam se acomodado'. Após a leitura, deve perguntar aos alunos qual seria a reação deles perante tal situação.
Prosseguindo a aula, o professor deverá distribuir aos alunos o terceiro capítulo na sua íntegra e após a leitura silenciosa realizar um novo diálogo, só que dessa vez o assunto a ser discutido deverá ser o amor e suas diferenças. Podemos perguntar aos alunos se eles já se apaixonaram, como é esse sentimento, se ele foi correspondido...
Com base nos comentários feitos pelos alunos, é chegada a hora de uma produção textual em prosa ou verso que terá como temática o sentimento discutido anteriormente. Pode-se também ouvir músicas relacionadas ao tema.
Concluída essa etapa, os alunos poderão ler seus textos e o professor poderá organizar uma exposição dos trabalhos desenvolvidos (cartazes ou um livro ilustrado e encadernado por exemplo).
Na sequência das atividades, apresentaremos aos alunos o quarto capítulo, que aborda a questão do preconceito, pois é nesse momento em que a pulseira de Helena some e a culpa recai sobre Henrique. Inicialmente o professor pedirá para que a turma se divida em grupos, com o máximo de quatro componentes. Em seguida será entregue ao grupo um envelope com o texto que deverá estar divididoem oito partes, portanto a atividade corresponde à montagem do texto. Assim que os alunos montarem a narrativa, o professor passará uma lâmina com o respectivo texto, para que os alunos confirmem se o montaram corretamente.
Em um segundo momento o professor entregará uma cópia ( do quarto capítulo)para cada aluno e dividirá a turma em grupos com oito componentes, sendo que cada grupo deverá encenar o texto.
No terceiro momento, professor e alunos, em círculo, realizarão um debate sobre preconceito narrado no texto lido.
No momento seguinte os alunos deverão reescrever o final da trama a partit do momento em que acusam a personagem principal, partindo do pressuposto de que a pulseira não foi encontrada e que há um culpado, pois no capítulo lido descobre-se que Henrique não era culpado e que Helena havia esquecido a pulseira no banco do automóvel.
Após concluída essa etapa os alunos poderão ler seus diferentes finais.
Por fim, o professor deverá comentar com os alunos sobre o restante do livro, aguçando-os para que realizem a leitura íntegra dele. Uma maneira interessante de despertar esse interesse seria relatar aos educandos que os textos trabalhados - o terceiro e o quarto capítulo - é apenas uma parte de uma grande carta que Henrique escreve a sua grande amada esposa Helena, relatando a vida amorosa dos dois e relembrando-a das grandes dificuldades que enfrentaram para ficarem juntos, para que assim ela possa refletir melhor sobre o que atualmentre está acontecendo. Mas o que realmente está acontecendo?
Por fim, o professor também pode sugerir aos leitores dessa obra que a propaguem pela escola, através de cartazes fixados nos corredores, com perguntas questionadoras a respeito do livro, para despertar a curiosidade de quem passa pelos corredores.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Relatório do 9º encontro- TP6 - Oficina 11

No dia 11 de novembro Lacioni e eu nos encontramos mais uma vez para dar continuidade aos estudos do Gestar. Neste dia estudamos o TP6, unidades 21 e 22. Lemos e refletimos sobre textos argumentativos, fizemos as atividades 3, 4 e 5 das páginas 19, 20, 21,22 e 23 respectivamente. Discutimos que "argumentar é afirmar uma posição diante de um problema e que não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes"(pg 54). De acordo com a página 55 "uma boa argumentação depende, primeiramente da clareza do objetivo" ( da tese a comprovar ); e depois da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.
Em seguida lemos o texto "Ampliando nossas referências da pg 59".
Em relação ao planejamento na produção textual vimos que um "bom planejamento possibilita o desenvolvimento e o aprendizado do aluno em direção à sua autonomia. Portanto, quando modelamos ou mesmo damos exemplos para o aluno a partir de nossa experiencia pessoal, esperamos que isto sirva de alavanca para a sua criatividade, oferecendo alternativa às estratégias que já conhece" (pg 91).
Lacioni recordou que um escritor competente é aquele que sabe reconhecer diferentes tipos de texto e eleger o mais apropriado para a circunstância. Para isso ele planeja o seu discurso em função do seu objetivo e do leitor a que se destina, sem desconsiderar as características específicas do gênero. Por exemplo, se o que deseja é enviar notícias a familiares, escreverá uma carta. Um escritor competente deve também ser capaz de revisar e reescrever seu próprio texto até considerá-lo satisfatório para o momento. Ter acesso à diversidade de textos escritos e de diferentes gêneros permite que o aluno conheça diferentes estruturas textuais, amplie seu vocabulário e enriqueça sua produção textual, obtendo melhor desempenho na sua competência comunicativa.
Refletimos que um texto escrito tem eficácia quando expressa o significado pretendido por quem escreve e se faz compreensível para quem lê. Mas, além da importância da produção final de um texto, mais importante ainda é o processo que leva à finalização. Como escrever envolve um desejo, a criança precisa estar afetivamente ligada com o que vai escrever. Cabe ao professor sensibilizar os alunos na apresentação das propostas para que todos se envolvam
No segundo momento Lacioni relatou a aplicação do 'Avançando na prática' da pg 54 na qual consistiu na elaboração de textos argumentativos. Esta atividade foi aplicada com os alunos da 7 série. O professor começou sua aula distribuindo cópias da fábula de Esopo " O leão e o ratinho" para exemplificar a argumentação.Para aplicar uma atividade relacionada ao assunto, Lacioni propôs aos alunos uma atividade na qual eles teriam que elaborar um texto escolhendo um dos temas da pg 54. . A avaliação foi significativa e satisfatória uma vez que os educandos se interessaram de maneira efetiva.

No terceiro momento partimos para a realização da oficina número 11 que tinha por objetivo desenvolver o fechamento do texto abaixo:




RESULTADO DA OFICINA

Então seu marido foi até o barracão da escola de samba e pediu gentilmente menos barulho pois sua mulher não estava conseguindo dormir por causa da música alta.
O pessoal da escola de samba concordou:
- Pois não, amigo, é pra já. Mas antes entre e assista um pouco o ensaio.
Ele, apaixonado por carnaval, entrou no clima e rapidamente se esqueceu do som alto e da mulher.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Para ler, divulgar e . . . praticar! Estamos com fome de amor... (JORNAL O DIA - Arnaldo Jabor)

O que temos visto por ai ???

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micro e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não! Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida? Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .
Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega?
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis. Se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...solteirão infeliz, mas pelo contrário... Pra chegar a escrever essas bobagens? (mais que verdadeiras) É preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas...
Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados... Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado... "Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais... Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem a ver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se é pequeno demais, pra quê pensar nele?" Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado... O que realmente não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in... Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda na TV, e também na playboy e nos banheiros. Eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos. Gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Por que ter medo de dizer isso, por que ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo"? Então, não se importe com a opinião dos outros. Seja feliz! Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Relatório do 8º encontro - TP5 - Oficina 10

No dia 27/10 Lacioni e eu retomamos o estudo do TP5. Refletimos sobre coesão textual e sobre as relações lógicas no texto, a negação e os significados implícitos.
Vimos que coesão refere-se às relações de sentido que se estabelecem no interior do texto. Fazendo uma analogia, podemos dizer que a coesão é a linha que costura as palavras, as frases, os parágrafos para formar um todo coeso, ou seja, um texto não é apenas um amontoado de frases soltas. As classes gramaticais que mais agem como elos ou laços coesivos são os pronomes, os advérbios, as conjunções.Também o uso de sinônimos é um recurso para unir as partes do texto. Analisamos o texto "Segredos da seda" da página 143 do TP5 e fizemos a atividade 11 da página 145/146.
Em seguida assistimos ao vídeo abaixo sobre os príncipios da textualidade:
Check out this SlideShare Presentation:




Demos seguimento aos trabalhos discutindo e avaliando o "Avançando na prática" e principalmente as atividades do AAA das páginas 57 e 59 na qual os resultados obtidos com essas aplicações foram positivos tendo em vista que os alunos além gostaram de fazê-las, alcançaram bons resultados.

Socializamos os estudos feitos da unidade 19 e 20 e discutimos sobre a necessidade de se compreender que é da harmonia entre os fatores que integram um texto que ganhamos a qualidade da comunicação daí faz-se necessário que trabalhemos com as marcas de coesão e as relações lógicas no texto. Vimos também que algumas palavras da língua portuguesa têm a função de estabelecer relações entre os termos de uma frase ou entre as próprias frases. Outras têm a função de nos remeter a outros elementos do texto, fazendo referência a eles. Essas palavras são denominadas elementos de coesão. O uso adequado desses elementos é que vai tornar um texto coeso. Veja alguns exemplos:
a) Embora estivesse em férias, / Luana não viajou / porque estava sem dinheiro.
b) Na biblioteca havia muitos livros de arte. / Lá, os alunos poderiam consultá-los.

No item a, temos uma frase com três orações. A função dos elementos embora e porque é relacionar as várias orações, dando à frase um sentido lógico. A conjunção "Embora" articula a primeira oração com a segunda, estabelecendo entre elas uma relação de concessão. Já o elemento "porque" articula a segunda oração com a terceira, estabelecendo entre elas uma relação de causa e efeito.

No item b, temos duas frases. A função dos elementos 'lá' e 'los', presentes na segunda frase, é relacioná-la com a primeira, através da referência a termos ali mencionados ( biblioteca e livros de arte, respectivamente).
Podemos notar que, em ambos os casos , poderíamos construir o texto sem recorrer a esses elementos de coesão. O item a, por exemplo, ficaria assim:
Luana estava em férias. Luana não viajou. Luana estava sem dinheiro.
Percebemos que assim o texto ficou pobre, repetitivo, cansativo. Os elementos de coesão ajudam a evitar as repetições desnecessárias (pois como estudamos no Tp,há repetições necessárias), tornando o texto mais rico, mais encadeado. Mas, para obter esse efeito, é preciso usá-los adequadamente.


Para realizar a oficina 10 do TP5 fizemos a análise do texto abaixo




Com relação as perguntas da proposta concluímos que:
a) o produto que está sendo anunciado é um condomínio que oferece serviço hoteleiro;
b) a relação que está sendo negada é a relação entre a máquina de lavar e sua dona , sua patroa;
c) as expressões que são usadas para marcar essa negação estão no bilhete que a máquina escreve para sua patroa.: "Tudo que é bom, um dia termina e a nossa relação chegou ao fim. Você me usou mas acabou. Adeus. Você nunca mais vai ouvir falar de mim..."
d) essa negação, essa exclusão, cria uma expectativa de algo ruim, de algo negativo, parece o fim de um relacionamento amoroso, situação triste e dolorosa.
e)percebemos o verdadeiro sentido da relação negativa quando lemos a informação no qual diz que o residencial oferece serviços, ou seja, a pessoa não mais precisará usar máquina de lavar.
f) A visualização do anúncio por ser em formato de bilhete remete a uma situação de despedida entre a dona de casa e sua máquina de lavar, tendo em vista a opção de morar em um lugar que oferece serviço hoteleiro.

Por fim, como foi sugerido, produzimos um texto publicitário fazendo uso de linguagem verbal e não verbal. Após a produção, discutimos sobre a construção das significações e seus efeitos no poder de convencimento.

RESULTADO DA OFICINA 10

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

“Os homens todos se assemelham por natureza. Eles se fazem diferentes pelos hábitos que adquirem” (Confúcio)

Na atualidade, mais do que em outros momentos da sociedade, o cidadão precisa compreender conceitos e desenvolver a capacidade de tomar decisões.
Mais do que memorizar informações, ele precisa saber buscá-las, relacioná-las e aplicá-las. Na visão da escola moderna é necessário que o aluno possa sair da condição de mero espectador e chegar a entender as inter-relações entre as ciências, tecnologias, mercado, cultura, tendências e sociedade.
A diversificação nas metodologias, as didáticas, os procedimentos para que essas inter-relações aconteçam, são as vias mais fortes de mudanças que temos apresentado em nossas escolas ou pelo menos estamos correndo atrás para tal e acompanhar o tempo de nosso aluno, que é rápido e intenso.
Exemplificando um pouco isso, vemos o Gestar II como uma didática renovada, ou seja, uma nova forma bastante descontraída e divertida de abordar assuntos dentro da disciplina de Língua Portuguesa em que o aluno se envolve e aprende, porém profunda, contextualizada e de fundamentação significativa.
Nele o aluno vai e vem, correlacionando os temas abordados e construindo seu próprio aprendizado, resignificando e pontuando no seu dia-a-dia e em sociedade.
Promover estes encontros para estudarmos os cadernos (TPs), as atividades a serem aplicadas, só fazem com que nos deparamos com novas expectativas em relação ao aprendizado do aluno.
Aprendizado esse que deve privilegiar a interação entre o que estes TPs trazem para ser ensinado e como o aluno aprende. Em outras palavras, nós professores , temos que pensar como o aluno obtém, seleciona, interpreta e transforma a informação que recebeu e que está nos diversos meios de comunicação e linguagens como: propaganda, quadrinhos, fábulas, charge, tabelas etc. Vemos assim um leque muito amplo que o professor pode se apropriar para ensinar seus alunos e fazer com que eles se desestabilizem e fiquem vislumbrados ao se depararem com estas estratégias e ao mesmo tempo, possibilitar, ser, fazer e conviver, promovendo uma nova estabilização.
É nas entrelinhas do fazer pedagógico dos TPs e suas atividades, que podemos verificar a apropriação ou não do novo aprendizado. É na mescla do senso comum de sua realidade com o conhecimento científico que se criará uma situação de novamente desestabilizar, assimilar e acomodar para a aprendizagem (Piaget ).
Podemos dizer portanto que a prática pedagógica perpassa por infinitos caminhos mas que ao final, o objetivo é ver nos alunos o conhecimento apropriado de maneira particularizado e sendo utilizado par o desenvolvimento do grupo e consequentemente da sociedade.

Naide Feller - Supervisora Escolar da Rede Municipal de Ensino de Nova Trento

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relatório do 7º encontro TP5 - Oficina 9

O estudo do TP5 ocorreu no dia 13/10. Lacioni e eu começamos primeiramente lendo a seção 1 " A noção de estilo e o objetivo da Estilística" páginas 15 e 16 do TP5.
Para revisar a teoria do caderno já estudado em casa, fomos acompanhando e debatendo a apresentação dos slides do TP5

Check out this SlideShare Presentation:
Tp5
View more presentations from cleia.


Debatendo sobre a questão da coerência textual vimos que ela deve estar presente em todos os tipos de texto que produzimos, sejam eles descritivos, narrativos ou dissertativos
Um bom texto é aquele que se revela para o leitor como uma unidade, e não como uma colcha de retalhos, ou seja, um amontoado de frases isoladas e sem nexo. O que confere unidade ao texto é a coerência e a coesão.

Para explicar sobre coerência, o cursista passou o seguinte texto para seus alunos de 8ª série:

Coerência na descrição

Descrever, como você já sabe, é atribuir traços distintivos a uma pessoa ou paisagem.
Se eu digo, por exemplo, que o fato ocorreu numa tarde agradável de verão, não posso em seguida dizer que soprava um vento frio de gelar os ossos, ou que o céu estava coberto de nuvens escuras, prenunciando um forte temporal.
Ora, se é uma tarde agradável de verão, os traços “vento frio de gelar os ossos” e “céu coberto de nuvens escuras, prenunciando um forte temporal” estão em evidente contradição com a qualidade agradável de verão”. Não há, pois, lógica interna na descrição. Ela é incoerente. Leia agora este fragmento de uma crônica de Carlos Heitor Cony:
Rio de Janeiro – Era gordo, alto, parecia um português de baixa origem que fizera dinheiro vendendo cereais na rua Acre. O bigode não era farto como os dois lusitanos que torcem pelo Vasco: era um meio-termo entre os bigodes de Carlitos e Hitler. Vestia-se bem, usava chapéu, o que fazia seu vulto maior e mais respeitável.
Rico, não precisava trabalhar, daí que se tornou crítico de livros e teatro, era generoso com os estreantes e severo com os medalhões.”( Folha de S. Paulo, 28/1/1999. 1º caderno, p.2)

Nesse caso, temos uma perfeita coerência descritiva. Veja que é coerente os lusitanos que vivem no Rio de janeiro torcerem pelo Vasco, e que o uso de chapéu faz a pessoa parecer maior.
Em “O bigode não era farto...era um meio-termo entre os bigodes de Carlitos e Hitler”, a comparação é coerente, já que nem Carlitos nem Hitler possuíam bigodes fartos.
A constatação de que, por ser rico, não precisava trabalhar também revela coerência.

Coerência na narração

Você já sabe que uma narração há dois elementos essenciais: personagem e fato. Narrar é, portanto, atribuir ações a personagens.
A atribuição das ações a personagens deve ser coerente. Eu não posso dizer, por exemplo, que uma menina de seis anos andava pelas ruas carregando uma pedra de trinta quilos. Isso não seria verossímil, ou seja, passível de ser verdade.
Quando contamos uma história, não é necessário que ela seja verdadeira (grande parte das histórias que lemos são ficcionais), mas é fundamental que ela seja verossímil.
Na narração, é também fundamental a coerência da linguagem. Quando um personagem da narração fala de viva voz (discurso direto), sua linguagem deve ser coerente, ou seja, o registro de sua fala deve ser adequado ao seu nível social e cultural. Se numa narração você tem, por exemplo, um personagem bóia-fria, a sua linguagem não poderá ser a de um jovem de classe média que vive numa cidade.
Leia agora o texto abaixo.
SOFIA

Já tinham brincado muito, e agora estavam reunidos ao pé do poste, pensando numa nova coisa para fazer.
Ainda era cedo, a noite apenas começara.
- Vamos mexer com a Sofia?- propôs um.
- Sofia era a dona do mercadinho – a vítima predileta deles. Pintavam o sete com ela. Sofia assustava-se com nada, e isso os deliciava. Viviam assombrando-a; vozes estranhas chamando lá fora, e ninguém (estavam no telhado, caveira de mamão verde com vela acesa dentro, capas, máscaras horrorosas, o caixote de lixo que sumia, o ferro de abaixar a porta que sumia, ratos, sapos, lagartixas aparecendo de repente, minha nossa1 quase desmaiava, dessa vez eu chamo o guarda, mas nunca chamava o guarda, e tudo o que fazia era ameaçar os meninos, agitando o braço gordo:
- Eu vai contar bra seu pai, menino! Eu vai contar bra seu pai!
- Eles riam, alegres, distantes do braço dela.
- Raledine baculé, pé de turco tem chulé!
- Moleques! Sembregonhas!
- Sofia guer gombra galinha de raça? Cadê os urubus que ocê comprou hem Sofia? Cadê as galinhas de raça?
Caíam na risada.

Coerência na dissertação

Você já sabe que dissertar é defender um ponto de vista através de argumentos.
Se numa dissertação você for defender a tese de que a democracia é um bom regime para o país, não poderá usar argumentos que contradigam a sua tese. Não poderá afirmar, por exemplo, que não deveria mais haver eleições, que o Congresso Nacional deveria ser fechado, que só intelectuais podem ser governantes etc.
A coerência na dissertação é decorrente não só da apresentação de argumentos lógicos e convincentes, mas também da concatenação entre os vários argumentos apresentados.
Lembre-se ainda de que a conclusão de uma dissertação deverá ser coerente com a argumentação apresentada.
Leia agora mais um pequeno texto.
SEXO SE APRENDE NA ESCOLA

O ambiente escolar pode ajudar o jovem a descobrir a si mesmo e a inserir-se no seu mundo. A Orientação Sexual lida com um aspecto vital no amadurecimento mental e na formação de sua personalidade. A troca de vivências com pessoas da mesma idade e a aprendizagem do respeito por posições diferentes oferecem ao adolescente um melhor desenvolvimento de si mesmo, tendo o outro como referência. Conhecendo-se mais profundamente, sendo ouvido e respeitado pelos colegas e pelo professor, o adolescente tem melhores condições de assumir suas crenças, valores e identidade.
( SUPLICY, Marta et al. Sexo se aprende na escola. 2.ed. São Paulo: Olho Dágua, 1998. P.13)


No segundo momento Lacioni relatou a aplicação do "Avançando na prática" (descrito abaixo). A avaliação dessa atividade foi ótima, uma vez que os alunos se empolgaram para construir "palavras-sentimentos" e "palavras-imagens".

Avançando na prática - página 40 TP5

A seguir apresentamos um texto que mostra a tonalidade emotiva das palavras.
Você poderá usá-lo nas turmas de 5ª a 8ª séries, pois certamente o modo como a autora desenvolveu esse “verbete” original vai agradar aos alunos e motivá-los a também apresentar as motivações que sentem nas palavras. Assim, a sala de aula será, mais uma vez, um espaço de interação.
Se achar conveniente, faça ajustes na atividade, de modo a torná-la mais significativa para seus alunos.
1. Leia o texto para os alunos. Mostre que as definições de palavra expressam a tonalidade das palavras, o sentimento que cada uma desperta em quem as usa.
2. Peça aos alunos que também citem palavras e as motivações que sentem nelas. Liste-as no quadro e comente as impressões com a turma.


Palavra


As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar com elas e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. Nada é mais fúnebre do que a palavra fúnebre. Nada é mais amarelo do que o amarelo-palavra. Nada é mais concreto do que as letras c, o, n, c, r, e, t, o, dispostas nessa ordem e ditas dessa forma, assim, concreto, e já se disse
tudo, pois as palavras agem, sentem e falam por elas próprias. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre.
A palavra palavra diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito e pronto. As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas. A palavra juro não mente. A palavra mando não rouba. A palavra cor não destoa. A palavra sou não vira casaca.
A palavra liberdade não se prende. A palavra amor não se acaba. A palavra idéia não muda. Palavras nunca mudam de idéia. Palavras sempre sabem o que querem. Quero não será desisto. Sim jamais será não. Árvore não será madeira. Lagarta não será borboleta. Felicidade não será traição. Tesão nunca será amizade. Sexta-feira não vira sábado nem depois da meia-noite. Noite nunca vai ser manhã. Um não serão dois em tempo algum. Dois não será solidão. Dor não será constantemente. Semente nunca será flor. As palavras também têm raízes mas não se parecem com plantas, a não ser algumas delas, verde, caule, folha, gota. As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes do que as outras. As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais para construírem sílabas e obrigam a língua a dançar dentro. da boca. A boca abre ou fecha quando a vogal manda. As palavras fechadas nem sempre são mais tímidas. A palavra sem-vergonha está aí de prova. Prova é uma palavra difícil. Porta é uma palavra que fecha. Janela é uma palavra que abre. Entreaberto é uma palavra que vaza. Vigésimo é uma palavra bem alta. Carinho é uma palavra que falta. Miséria é uma palavra que sobra. A palavra óculos é séria. Cambalhota é uma palavra engraçada. A palavra lágrima é triste. A palavra catástrofe é trágica. A palavra súbito é rápida. Demoradamente é uma palavra lenta. Espelho é uma palavra prata. Ótimo é uma palavra ótima. Queijo é uma palavra rato. Rato é uma palavra rua.
Existem palavras frias como mármore. Existem palavras quentes como sangue. Existem palavras mangue, caranguejo. Existem palavras lusas, Alentejo. Existem palavras itálicas, ciao. Existem palavras grandes, anticonstitucional. Existem palavras pequenas, microscópico, minúsculo, molécula, partícula, quinhão, grão, covardia. Existem palavras dia, feijoada, praia, boné, guarda-sol. Existem palavras bonitas, madrugada. Existem palavras complicadas, enigma, trigonometria, adolescente, casal. Existem palavras mágicas, shazam, abracadabra, pirlimpimpim, sim e não. Existem palavras que dispensam imagens, nunca, vazio, nada, escuridão. Existem palavras sozinhas, eu, um, apenas, sertão. Existem palavras plurais, mais, muito, coletivo, milhão. Existem palavras que são palavrão. Existem palavras pesadas, chumbo, elefante, tonelada. Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom. Existem palavras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas todas.
Toda palavra tem a cara do seu significado. A palavra pela palavra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.

Falcão, Adriana. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p.108-10.

Lista de palavras citadas pelos alunos:
A palavra caneta, escreve
A palavra borracha, apaga
A palavra tijolo, constrói
A palavra rio, corre
A palavra água, molha
A palavra toalha, seca
A palavra bolsa, leva
A palavra porta, abre e fecha
A palavra vida, não é morta
A palavra banho, nunca se suja
A palavra cão, late
Vento é uma palavra que balança.
Milagre é uma palavra inacreditável.
Sorriso é igual a só riso.
Pinga é uma palavra que cai em gotas.
Detergente é o ato de prender pessoas
Existe palavra bem funda, como profundo.
Exite palavra que é ruim ao quadrado, como amargura pois é amargo e duro ao mesmo tempo.
Balanço é uma palavra que vai e vem.
Corrói é uma palavra que rói. Força é uma palavra forte.
Amarrador = segura a dor.
O pesadelo torna a noite pesada
Cremoso é meio mole, meio duro.
A palavra sexo, reproduz
A palavra terror, assusta
A palavra camisinha, protege
A palavra morte é o fim de tudo.

Num terceiro momento do encontro, fizemos a proposta de atividades da oficina 9 - unidade 18, página 254 do TP5.


Observamos que a coerência do anúncio publicitário é construída com base no discurso de proteção à natureza tão enfatizado e fundamental nos dias de hoje.
A relação entre o texto verbal e o não-verbal se constrói de forma harmoniosa entre o título do texto que evoca as cores da natureza e que são também as cores da bandeira nacional, ou seja, remete o leitor a dupla interpretação: 1º - a empresa Furnas, por ter desenvolvimento sustentável, protege a natureza;
2º- Furnas, através de uma política ambiental, também protege a nação brasileira, protege suas crianças, seu povo, seu desenvolvimento tecnológico sem agredir a natureza.
A frase "Toda a riqueza gerada por Furnas vem do meio ambiente. Por isso é fundamental uma política ambiental voltada ao desenvolvimento sustententável do Brasil" associada com as imagens expressam a ideia de que a energia que Furnas produz, bem como o resultado dessa energia, que são o desenvolvimento das indústrias, das escolas, da agricultura, vem da natureza, por isso é fundamental protegê-la para garantir sempre o desenvolvimento associado ao bem estar de todos.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Relatório do 6º encontro - TP4 - Oficina 8

No dia 30/09 Lacioni e eu continuamos o estudo do TP4. Iniciamos o encontro concluindo a oficina 8 que tinha por objetivo criar um plano de aula a partir da adaptação do anúncio da fundação estadunidense que trabalha com crianças da periferia.
O planejamento ficou assim:

1º apresentar aos alunos duas imagens contrárias: da fundação estadunidense na qual mostra pessoas com profissão (ou seja, bem sucedidas profissionalmente) e outra imagem com pessoas na rua, usando drogas, bandidos, pessoas com fome etc
2º lançar perguntas sobre:
a) o que as imagens representam? Quais os possíveis motivos (as causas ) dessa situação?;
b) perguntar a opinião deles sobre qual das imagens as pessoas provavelmente estudaram ou tiveram apoio, puderam desenvolver suas habilidades, tiveram assistência, educação, carinho etc...;
c) Qual a relação entre a situação vivida por essas pessoas e a educação?;
d) O que o estudo, a educação proporciona às pessoas? Lembrar que a educação não é apenas necessária para se ter uma profissão, pois há aquelas que não exigem tanto estudo, porém, ela é extremamente necessária para crescimento próprio, para poder se defender e encontrar os caminhos que dão respostas aos nossos questionamentos etc. Lembrar Paulo Freire no qual diz que não se estuda apenas na escola, mas se estuda quando se debate sobre um problema;
e) O que vocês querem ser "quando crescer"?;
Feitas as perguntas, solicitar que escrevam uma carta ao profissional correspondente a profissão que eles escolheram, perguntando-lhe sobre o trabalho que faz. Se gosta, se é bom, quais as dificuldades que há,( quais são os "ossos do ofício"), se precisou estudar muito, como é o seu dia-a-dia etc.
Depois de concluirmos a oficina, partimos para a socialização do "Avançando na prática". Como no encontro anterior Lacioni não havia conseguido aplicar nenhum avançando com os alunos, nesse encontro ele trouxe duas atividades, os "Avançando na prática" das páginas 50 e o da página 172. Para realizar o "Avançando na prática" da página 50, primeiramente o professor distribuiu e leu o texto "Festas juninas" de Sávia Dumont (pg.35 do Tp). Em seguida pediu para os alunos relatarem oralmente algumas festas ou eventos que eles conhecessem. Na aula seguinte solicitou a redação de um convite para um evento. Já para fazer a tarefa da página 172, o professor organizou a turma em círculo e apresentou a proposta da atividade. Começou falando de sua própria vida, de sua rotina. Em seguida deu a vez para quem quisesse contar algo de seu dia-a-dia para a turma. Na aula seguinte os alunos escreveram um texto sobre um dos casos que escolheram contar.
Ao desenvolver essa atividade, Lacioni percebeu o entusiasmo da turma na hora de "contar os causos", ou seja, a exposição oral das histórias de vida, pois quase todos queriam falar sobre si mesmos.

Concluímos a teoria do TP4 acompanhando a apresentação dos slides abaixo:

Check out this SlideShare Presentation:
Tp4
View more presentations from cleia.


Trabalhos dos alunos - "Avançando na prática" da página 50

















Resultado do "Avançando na prática" da página 194




segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Educação!?!

Onde estás?
Como andas neste novo século? Percebes, caro leitor, que eu estou ao teu lado o tempo todo, de diferentes formas, cores, dimensões? Mas percebes que se tu não te mexeres, eu, Educação, vou ficar perdida?
Vamos fazer a nossa história, amigo leitor, dentro da história da educação? Bem, lá vamos nós então...

Em pleno século XXI, a educação do nosso país (subdesenvolvido) tem fortes focos de baixa qualidade que deixam rastros por onde passamos. Precisamos repensar nosso fazer educativo junto às pessoas que estão nas lideranças do poder educacional, juntamente, é claro, com nossos profissionais que realmente colocam a mão na massa lá nas salas de aula, bem como com os alunos, que são a prova viva da falta de qualidade e o baixo índice de aprendizagem nos quatro cantos do Brasil.
Proponho uma reflexão de modo a buscar reverter este quadro no qual a educação brasileira vem se arrastando, no intuito de termos sim, profissionais qualificados, capacitados, competentes e engajados com sua profissão de mestre, capazes de levar para seus alunos, o conhecimento significativo, interligando o seu fazer pedagógico com a realidade do educando que está ali à sua frente para ampliar seus saberes e, a partir da apropriação destes saberes, refletir e reelaborar um novo conhecimento, um novo conceito por si próprio.
Vemos hoje ainda presente nos bastidores da educação, a força política negativa, ou seja, aquela que faz de conta que quer ver a educação brasileira como modelo, como destaque para os países vizinhos e demais, mas que na verdade, gosta de ter sim , é as rédeas curtas para uma boa parte da população, pois lhe é conveniente ter um grupo de cidadãos para controlar e poder ditar as regras do jogo da educação sem qualidade. Há todo um interesse político que impede que a educação brasileira cresça e faça-se ouvir.
Mesmo diante de tanto de desenvolvimento, como por exemplo da ciência e da tecnologia, que impõe mudanças aos processos de aprendizagem, é também verdade que cada passo do desenvolvimento histórico impõe a necessidade de resolver o velho problema de como e quanto instruir quem é destinado a receber tais aprendizagens significativas e a quem é detinado a receber um aprendizado voltado a produção (reprodução sem entender o processo). Vimos,desse modo que há muitos cidadãos que aprendem a gramática, letras e cálculos de acordo com um conjunto de noções básicas necessárias à sua vivência e que, por outro lado, há uma minoria que se prepara para o exercício do poder. Precisamos sim, garantir as condições mínimas para este grande número de cidadãos, a fim de que possam assimilar de maneira confiável, a visão de mundo, as convicções e os valores para terem uma vida digna e respeitosa. Faz-se necessário plantar a sementinha nos corações desses cidadãos, de que são capazes de sentirem sentimentos nobres que favoreçam a prosperidade pública e o desenvolvimento enquanto sujeito ímpar.
Assinalo portanto, este pequeno recorte reflexivo acerca da educação, pois acredito que se queremos ter melhores condições de vida, saúde, lazer e crescimento pessoal e em massa, é necessário uma mudança significativa na educação de modo geral no mundo inteiro, começando pelo nosso pensamento individual, que deve se agregar a outros, e focar para um objetivo único e transformador, com ideais claros e fomentadores de condições sem exclusão e, para tanto, defensores da educação democrática, igualitária, onde todos são protagonistas e constroem a história.
Acredito que as oportunidades que nos são oferecidas, são tentativas de promover abertura aos profissionais de educação para que eles possam atender a demanda heterogênea das salas de aula e, dentro desta diversidade de pensamentos, chegar a uma síntese e não a um consenso, pois senão estaríamos "estacionando" no nosso fazer educativo. Penso que se chegarmos a uma síntese, estaremos em constante reflexão e atentos às mudanças e abertos para conhecer e se apropriar destas mudanças para novamente elaborarmos uma síntese voltada para a construção de ser humano pensante, e no recorte aqui, o nosso aluno de sala de aula.
Sendo assim, vejo no Programa Gestar II, um firme propósito de construção de conhecimento que merece toda credibilidade da nossa parte, na implantação e efetivação destas mudanças para termos uma política educacional de qualidade e de referência positiva.

Texto escrito por Naide Feller - supervisora escolar

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Relatório do 5º encontro - TP4 - Oficina 8

No dia 22 de setembro de 2009, nos encontramos para dar continuidade aos estudos, iniciando o TP4.
Primeiramente assistimos um vídeo sobre letramento.

Em seguida lemos e discutimos sobre o processo da leitura, escrita e cultura presentes nas unidades 13 e 14 do TP4. Refletimos sobre o fato de a linguagem acontecer nas interações que fazemos diariamente, ou seja, a escrita e a leitura fazem parte do nosso cotidiano,e os textos carregam nossa cultura. Cultura, leitura e escrita estão interligadas. À escola, cabe ampliar, divulgar e ensinar técnicas para o aluno desenvolver seu conhecimento, sua criatividade, seu estilo. Ler o mundo desenvolve o conhecimento sobre os usos e funções da escrita. Refletimos também a leitura e escrita numa perspectiva do letramento que visa o ensino-aprendizagem através das questões culturais, as situações sociocomunicativas variadas e a necessidade de interação entre o conhecimento prévio (trazido de casa) e o conhecimento novo (aquele que será aprendido na escola ou em outro lugar).O letramento ocorre quanto mais experiência a pessoa tem com diferentes gêneros textuais escritos.
Para complementar fizemos as aulas 1 e 2 das páginas 47 à 53 do AAA4 e pudemos perceber uma das variações sócio-linguísticas existentes no Brasil.


No segundo momento Lacioni relatou a aplicação do "Avançando na prática" da página 50, avaliando a importância de utilizar a oralidade e a leitura numa sequência de ações para preparar os alunos para a escrita de um texto, pois é preciso planejar o que se vai escrever .
No terceiro momento partimos para a realização na oficina número 8 - unidade 16:

a) Examine a imagem anterior cujo desenho foi baseado em um anúncio de uma fundação
estadunidense que trabalha com crianças que vivem em bairros de periferia. O que acha
que a imagem significa?
b) Em grupo, redija um pequeno texto de propaganda, relacionado à interpretação que
fizeram da imagem. O texto será publicado como um anúncio em jornais e revistas e
deverá exercer função apelativa, de persuasão.
c) Pense nos seus alunos. Adapte essa tarefa para que eles façam em sala de aula: desde o planejamento até a apresentação aos colegas, passo a passo, considere a série e o(s) objetivo(s).
d) Crie uma segunda aula em que vão escolher uma profissão que acham legal e vão
escrever uma carta a um profissional explicando que querem saber sobre a profissão, porque querem saber, o que acham legal nessa profissão, e perguntando sobre o que faz
durante seu dia de trabalho, como precisa se preparar, etc.


Concluimos que a imagem do anúncio mostra a inclusão das pessoas, ou seja, a fundação estadunidense ( na qual o anúncio faz referência ) proporciona às crianças estudo para terem uma profissão no futuro.
Para a elaboração da atividade B, Lacioni e eu elaboraramos uma propaganda apelativa em um cartaz, na qual, estimula a refletir sobre o valor do desenvolvimento do potencial das pessoas. A propaganda consistiu em dois momentos,sendo que, em cada frase utilizada refletiu-se uma imagem relacionada a ela.



Oficina 8 - unidade 16 - TP4






terça-feira, 15 de setembro de 2009

Relatório do 4º encontro - TP3

No dia 15 de setembro demos continuidade ao curso do Gestar II, concluindo o estudo do TP3.
Lacioni trouxe as provas de Avaliação Diagnóstica (de entrada), que apresentaram resultado satisfatório, tendo em vista que o número de acertos foi maior que o número de erros. Em seguida, relatou a aplicação do "Avançando na Prática" da página 172 com os alunos da 8ª série.


Para a resolução desta atividade, o professor explicou sobre "A intertextualidade entre gêneros textuais" apresentando aos alunos a letra da música "Monte Castelo".... mostrando a eles que essa música é feita através da intertextualidade,ou seja, composta pelo poema de Camões " Amor é fogo que arde sem se ver"e uma passagem bíblica.Para esta aula o professor aplicou o planejamento abaixo


Em seguida o professor distribuiu o texto "Balas para o crescimento" da página 167, para mostrar como um gênero pode se transportar para outro.
Logo depois propôs aos alunos um exercício de diálogos entre gêneros e para tanto, solicitou a produção textual em duplas de uma receita, dando algumas sugestões, das quais teriam liberadade de escolher.
Logo após a produção, o professor questionou com eles as perguntas da página 172 da atividade 4.


RESULTADO DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA ( DE ENTRADA) APLICADA COM ALUNOS DE 8ª SÉRIE
















Avançando na prática - transposição de gêneros textuais ( intertextualidade entre gêneros)