segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Educação!?!

Onde estás?
Como andas neste novo século? Percebes, caro leitor, que eu estou ao teu lado o tempo todo, de diferentes formas, cores, dimensões? Mas percebes que se tu não te mexeres, eu, Educação, vou ficar perdida?
Vamos fazer a nossa história, amigo leitor, dentro da história da educação? Bem, lá vamos nós então...

Em pleno século XXI, a educação do nosso país (subdesenvolvido) tem fortes focos de baixa qualidade que deixam rastros por onde passamos. Precisamos repensar nosso fazer educativo junto às pessoas que estão nas lideranças do poder educacional, juntamente, é claro, com nossos profissionais que realmente colocam a mão na massa lá nas salas de aula, bem como com os alunos, que são a prova viva da falta de qualidade e o baixo índice de aprendizagem nos quatro cantos do Brasil.
Proponho uma reflexão de modo a buscar reverter este quadro no qual a educação brasileira vem se arrastando, no intuito de termos sim, profissionais qualificados, capacitados, competentes e engajados com sua profissão de mestre, capazes de levar para seus alunos, o conhecimento significativo, interligando o seu fazer pedagógico com a realidade do educando que está ali à sua frente para ampliar seus saberes e, a partir da apropriação destes saberes, refletir e reelaborar um novo conhecimento, um novo conceito por si próprio.
Vemos hoje ainda presente nos bastidores da educação, a força política negativa, ou seja, aquela que faz de conta que quer ver a educação brasileira como modelo, como destaque para os países vizinhos e demais, mas que na verdade, gosta de ter sim , é as rédeas curtas para uma boa parte da população, pois lhe é conveniente ter um grupo de cidadãos para controlar e poder ditar as regras do jogo da educação sem qualidade. Há todo um interesse político que impede que a educação brasileira cresça e faça-se ouvir.
Mesmo diante de tanto de desenvolvimento, como por exemplo da ciência e da tecnologia, que impõe mudanças aos processos de aprendizagem, é também verdade que cada passo do desenvolvimento histórico impõe a necessidade de resolver o velho problema de como e quanto instruir quem é destinado a receber tais aprendizagens significativas e a quem é detinado a receber um aprendizado voltado a produção (reprodução sem entender o processo). Vimos,desse modo que há muitos cidadãos que aprendem a gramática, letras e cálculos de acordo com um conjunto de noções básicas necessárias à sua vivência e que, por outro lado, há uma minoria que se prepara para o exercício do poder. Precisamos sim, garantir as condições mínimas para este grande número de cidadãos, a fim de que possam assimilar de maneira confiável, a visão de mundo, as convicções e os valores para terem uma vida digna e respeitosa. Faz-se necessário plantar a sementinha nos corações desses cidadãos, de que são capazes de sentirem sentimentos nobres que favoreçam a prosperidade pública e o desenvolvimento enquanto sujeito ímpar.
Assinalo portanto, este pequeno recorte reflexivo acerca da educação, pois acredito que se queremos ter melhores condições de vida, saúde, lazer e crescimento pessoal e em massa, é necessário uma mudança significativa na educação de modo geral no mundo inteiro, começando pelo nosso pensamento individual, que deve se agregar a outros, e focar para um objetivo único e transformador, com ideais claros e fomentadores de condições sem exclusão e, para tanto, defensores da educação democrática, igualitária, onde todos são protagonistas e constroem a história.
Acredito que as oportunidades que nos são oferecidas, são tentativas de promover abertura aos profissionais de educação para que eles possam atender a demanda heterogênea das salas de aula e, dentro desta diversidade de pensamentos, chegar a uma síntese e não a um consenso, pois senão estaríamos "estacionando" no nosso fazer educativo. Penso que se chegarmos a uma síntese, estaremos em constante reflexão e atentos às mudanças e abertos para conhecer e se apropriar destas mudanças para novamente elaborarmos uma síntese voltada para a construção de ser humano pensante, e no recorte aqui, o nosso aluno de sala de aula.
Sendo assim, vejo no Programa Gestar II, um firme propósito de construção de conhecimento que merece toda credibilidade da nossa parte, na implantação e efetivação destas mudanças para termos uma política educacional de qualidade e de referência positiva.

Texto escrito por Naide Feller - supervisora escolar

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