terça-feira, 27 de outubro de 2009

Relatório do 8º encontro - TP5 - Oficina 10

No dia 27/10 Lacioni e eu retomamos o estudo do TP5. Refletimos sobre coesão textual e sobre as relações lógicas no texto, a negação e os significados implícitos.
Vimos que coesão refere-se às relações de sentido que se estabelecem no interior do texto. Fazendo uma analogia, podemos dizer que a coesão é a linha que costura as palavras, as frases, os parágrafos para formar um todo coeso, ou seja, um texto não é apenas um amontoado de frases soltas. As classes gramaticais que mais agem como elos ou laços coesivos são os pronomes, os advérbios, as conjunções.Também o uso de sinônimos é um recurso para unir as partes do texto. Analisamos o texto "Segredos da seda" da página 143 do TP5 e fizemos a atividade 11 da página 145/146.
Em seguida assistimos ao vídeo abaixo sobre os príncipios da textualidade:
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Demos seguimento aos trabalhos discutindo e avaliando o "Avançando na prática" e principalmente as atividades do AAA das páginas 57 e 59 na qual os resultados obtidos com essas aplicações foram positivos tendo em vista que os alunos além gostaram de fazê-las, alcançaram bons resultados.

Socializamos os estudos feitos da unidade 19 e 20 e discutimos sobre a necessidade de se compreender que é da harmonia entre os fatores que integram um texto que ganhamos a qualidade da comunicação daí faz-se necessário que trabalhemos com as marcas de coesão e as relações lógicas no texto. Vimos também que algumas palavras da língua portuguesa têm a função de estabelecer relações entre os termos de uma frase ou entre as próprias frases. Outras têm a função de nos remeter a outros elementos do texto, fazendo referência a eles. Essas palavras são denominadas elementos de coesão. O uso adequado desses elementos é que vai tornar um texto coeso. Veja alguns exemplos:
a) Embora estivesse em férias, / Luana não viajou / porque estava sem dinheiro.
b) Na biblioteca havia muitos livros de arte. / Lá, os alunos poderiam consultá-los.

No item a, temos uma frase com três orações. A função dos elementos embora e porque é relacionar as várias orações, dando à frase um sentido lógico. A conjunção "Embora" articula a primeira oração com a segunda, estabelecendo entre elas uma relação de concessão. Já o elemento "porque" articula a segunda oração com a terceira, estabelecendo entre elas uma relação de causa e efeito.

No item b, temos duas frases. A função dos elementos 'lá' e 'los', presentes na segunda frase, é relacioná-la com a primeira, através da referência a termos ali mencionados ( biblioteca e livros de arte, respectivamente).
Podemos notar que, em ambos os casos , poderíamos construir o texto sem recorrer a esses elementos de coesão. O item a, por exemplo, ficaria assim:
Luana estava em férias. Luana não viajou. Luana estava sem dinheiro.
Percebemos que assim o texto ficou pobre, repetitivo, cansativo. Os elementos de coesão ajudam a evitar as repetições desnecessárias (pois como estudamos no Tp,há repetições necessárias), tornando o texto mais rico, mais encadeado. Mas, para obter esse efeito, é preciso usá-los adequadamente.


Para realizar a oficina 10 do TP5 fizemos a análise do texto abaixo




Com relação as perguntas da proposta concluímos que:
a) o produto que está sendo anunciado é um condomínio que oferece serviço hoteleiro;
b) a relação que está sendo negada é a relação entre a máquina de lavar e sua dona , sua patroa;
c) as expressões que são usadas para marcar essa negação estão no bilhete que a máquina escreve para sua patroa.: "Tudo que é bom, um dia termina e a nossa relação chegou ao fim. Você me usou mas acabou. Adeus. Você nunca mais vai ouvir falar de mim..."
d) essa negação, essa exclusão, cria uma expectativa de algo ruim, de algo negativo, parece o fim de um relacionamento amoroso, situação triste e dolorosa.
e)percebemos o verdadeiro sentido da relação negativa quando lemos a informação no qual diz que o residencial oferece serviços, ou seja, a pessoa não mais precisará usar máquina de lavar.
f) A visualização do anúncio por ser em formato de bilhete remete a uma situação de despedida entre a dona de casa e sua máquina de lavar, tendo em vista a opção de morar em um lugar que oferece serviço hoteleiro.

Por fim, como foi sugerido, produzimos um texto publicitário fazendo uso de linguagem verbal e não verbal. Após a produção, discutimos sobre a construção das significações e seus efeitos no poder de convencimento.

RESULTADO DA OFICINA 10

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

“Os homens todos se assemelham por natureza. Eles se fazem diferentes pelos hábitos que adquirem” (Confúcio)

Na atualidade, mais do que em outros momentos da sociedade, o cidadão precisa compreender conceitos e desenvolver a capacidade de tomar decisões.
Mais do que memorizar informações, ele precisa saber buscá-las, relacioná-las e aplicá-las. Na visão da escola moderna é necessário que o aluno possa sair da condição de mero espectador e chegar a entender as inter-relações entre as ciências, tecnologias, mercado, cultura, tendências e sociedade.
A diversificação nas metodologias, as didáticas, os procedimentos para que essas inter-relações aconteçam, são as vias mais fortes de mudanças que temos apresentado em nossas escolas ou pelo menos estamos correndo atrás para tal e acompanhar o tempo de nosso aluno, que é rápido e intenso.
Exemplificando um pouco isso, vemos o Gestar II como uma didática renovada, ou seja, uma nova forma bastante descontraída e divertida de abordar assuntos dentro da disciplina de Língua Portuguesa em que o aluno se envolve e aprende, porém profunda, contextualizada e de fundamentação significativa.
Nele o aluno vai e vem, correlacionando os temas abordados e construindo seu próprio aprendizado, resignificando e pontuando no seu dia-a-dia e em sociedade.
Promover estes encontros para estudarmos os cadernos (TPs), as atividades a serem aplicadas, só fazem com que nos deparamos com novas expectativas em relação ao aprendizado do aluno.
Aprendizado esse que deve privilegiar a interação entre o que estes TPs trazem para ser ensinado e como o aluno aprende. Em outras palavras, nós professores , temos que pensar como o aluno obtém, seleciona, interpreta e transforma a informação que recebeu e que está nos diversos meios de comunicação e linguagens como: propaganda, quadrinhos, fábulas, charge, tabelas etc. Vemos assim um leque muito amplo que o professor pode se apropriar para ensinar seus alunos e fazer com que eles se desestabilizem e fiquem vislumbrados ao se depararem com estas estratégias e ao mesmo tempo, possibilitar, ser, fazer e conviver, promovendo uma nova estabilização.
É nas entrelinhas do fazer pedagógico dos TPs e suas atividades, que podemos verificar a apropriação ou não do novo aprendizado. É na mescla do senso comum de sua realidade com o conhecimento científico que se criará uma situação de novamente desestabilizar, assimilar e acomodar para a aprendizagem (Piaget ).
Podemos dizer portanto que a prática pedagógica perpassa por infinitos caminhos mas que ao final, o objetivo é ver nos alunos o conhecimento apropriado de maneira particularizado e sendo utilizado par o desenvolvimento do grupo e consequentemente da sociedade.

Naide Feller - Supervisora Escolar da Rede Municipal de Ensino de Nova Trento

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Relatório do 7º encontro TP5 - Oficina 9

O estudo do TP5 ocorreu no dia 13/10. Lacioni e eu começamos primeiramente lendo a seção 1 " A noção de estilo e o objetivo da Estilística" páginas 15 e 16 do TP5.
Para revisar a teoria do caderno já estudado em casa, fomos acompanhando e debatendo a apresentação dos slides do TP5

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Tp5
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Debatendo sobre a questão da coerência textual vimos que ela deve estar presente em todos os tipos de texto que produzimos, sejam eles descritivos, narrativos ou dissertativos
Um bom texto é aquele que se revela para o leitor como uma unidade, e não como uma colcha de retalhos, ou seja, um amontoado de frases isoladas e sem nexo. O que confere unidade ao texto é a coerência e a coesão.

Para explicar sobre coerência, o cursista passou o seguinte texto para seus alunos de 8ª série:

Coerência na descrição

Descrever, como você já sabe, é atribuir traços distintivos a uma pessoa ou paisagem.
Se eu digo, por exemplo, que o fato ocorreu numa tarde agradável de verão, não posso em seguida dizer que soprava um vento frio de gelar os ossos, ou que o céu estava coberto de nuvens escuras, prenunciando um forte temporal.
Ora, se é uma tarde agradável de verão, os traços “vento frio de gelar os ossos” e “céu coberto de nuvens escuras, prenunciando um forte temporal” estão em evidente contradição com a qualidade agradável de verão”. Não há, pois, lógica interna na descrição. Ela é incoerente. Leia agora este fragmento de uma crônica de Carlos Heitor Cony:
Rio de Janeiro – Era gordo, alto, parecia um português de baixa origem que fizera dinheiro vendendo cereais na rua Acre. O bigode não era farto como os dois lusitanos que torcem pelo Vasco: era um meio-termo entre os bigodes de Carlitos e Hitler. Vestia-se bem, usava chapéu, o que fazia seu vulto maior e mais respeitável.
Rico, não precisava trabalhar, daí que se tornou crítico de livros e teatro, era generoso com os estreantes e severo com os medalhões.”( Folha de S. Paulo, 28/1/1999. 1º caderno, p.2)

Nesse caso, temos uma perfeita coerência descritiva. Veja que é coerente os lusitanos que vivem no Rio de janeiro torcerem pelo Vasco, e que o uso de chapéu faz a pessoa parecer maior.
Em “O bigode não era farto...era um meio-termo entre os bigodes de Carlitos e Hitler”, a comparação é coerente, já que nem Carlitos nem Hitler possuíam bigodes fartos.
A constatação de que, por ser rico, não precisava trabalhar também revela coerência.

Coerência na narração

Você já sabe que uma narração há dois elementos essenciais: personagem e fato. Narrar é, portanto, atribuir ações a personagens.
A atribuição das ações a personagens deve ser coerente. Eu não posso dizer, por exemplo, que uma menina de seis anos andava pelas ruas carregando uma pedra de trinta quilos. Isso não seria verossímil, ou seja, passível de ser verdade.
Quando contamos uma história, não é necessário que ela seja verdadeira (grande parte das histórias que lemos são ficcionais), mas é fundamental que ela seja verossímil.
Na narração, é também fundamental a coerência da linguagem. Quando um personagem da narração fala de viva voz (discurso direto), sua linguagem deve ser coerente, ou seja, o registro de sua fala deve ser adequado ao seu nível social e cultural. Se numa narração você tem, por exemplo, um personagem bóia-fria, a sua linguagem não poderá ser a de um jovem de classe média que vive numa cidade.
Leia agora o texto abaixo.
SOFIA

Já tinham brincado muito, e agora estavam reunidos ao pé do poste, pensando numa nova coisa para fazer.
Ainda era cedo, a noite apenas começara.
- Vamos mexer com a Sofia?- propôs um.
- Sofia era a dona do mercadinho – a vítima predileta deles. Pintavam o sete com ela. Sofia assustava-se com nada, e isso os deliciava. Viviam assombrando-a; vozes estranhas chamando lá fora, e ninguém (estavam no telhado, caveira de mamão verde com vela acesa dentro, capas, máscaras horrorosas, o caixote de lixo que sumia, o ferro de abaixar a porta que sumia, ratos, sapos, lagartixas aparecendo de repente, minha nossa1 quase desmaiava, dessa vez eu chamo o guarda, mas nunca chamava o guarda, e tudo o que fazia era ameaçar os meninos, agitando o braço gordo:
- Eu vai contar bra seu pai, menino! Eu vai contar bra seu pai!
- Eles riam, alegres, distantes do braço dela.
- Raledine baculé, pé de turco tem chulé!
- Moleques! Sembregonhas!
- Sofia guer gombra galinha de raça? Cadê os urubus que ocê comprou hem Sofia? Cadê as galinhas de raça?
Caíam na risada.

Coerência na dissertação

Você já sabe que dissertar é defender um ponto de vista através de argumentos.
Se numa dissertação você for defender a tese de que a democracia é um bom regime para o país, não poderá usar argumentos que contradigam a sua tese. Não poderá afirmar, por exemplo, que não deveria mais haver eleições, que o Congresso Nacional deveria ser fechado, que só intelectuais podem ser governantes etc.
A coerência na dissertação é decorrente não só da apresentação de argumentos lógicos e convincentes, mas também da concatenação entre os vários argumentos apresentados.
Lembre-se ainda de que a conclusão de uma dissertação deverá ser coerente com a argumentação apresentada.
Leia agora mais um pequeno texto.
SEXO SE APRENDE NA ESCOLA

O ambiente escolar pode ajudar o jovem a descobrir a si mesmo e a inserir-se no seu mundo. A Orientação Sexual lida com um aspecto vital no amadurecimento mental e na formação de sua personalidade. A troca de vivências com pessoas da mesma idade e a aprendizagem do respeito por posições diferentes oferecem ao adolescente um melhor desenvolvimento de si mesmo, tendo o outro como referência. Conhecendo-se mais profundamente, sendo ouvido e respeitado pelos colegas e pelo professor, o adolescente tem melhores condições de assumir suas crenças, valores e identidade.
( SUPLICY, Marta et al. Sexo se aprende na escola. 2.ed. São Paulo: Olho Dágua, 1998. P.13)


No segundo momento Lacioni relatou a aplicação do "Avançando na prática" (descrito abaixo). A avaliação dessa atividade foi ótima, uma vez que os alunos se empolgaram para construir "palavras-sentimentos" e "palavras-imagens".

Avançando na prática - página 40 TP5

A seguir apresentamos um texto que mostra a tonalidade emotiva das palavras.
Você poderá usá-lo nas turmas de 5ª a 8ª séries, pois certamente o modo como a autora desenvolveu esse “verbete” original vai agradar aos alunos e motivá-los a também apresentar as motivações que sentem nas palavras. Assim, a sala de aula será, mais uma vez, um espaço de interação.
Se achar conveniente, faça ajustes na atividade, de modo a torná-la mais significativa para seus alunos.
1. Leia o texto para os alunos. Mostre que as definições de palavra expressam a tonalidade das palavras, o sentimento que cada uma desperta em quem as usa.
2. Peça aos alunos que também citem palavras e as motivações que sentem nelas. Liste-as no quadro e comente as impressões com a turma.


Palavra


As gramáticas classificam as palavras em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas classificam as palavras pela alma porque gostam de brincar com elas e para brincar com elas é preciso ter intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às coisas, fazer sentido. Nada é mais fúnebre do que a palavra fúnebre. Nada é mais amarelo do que o amarelo-palavra. Nada é mais concreto do que as letras c, o, n, c, r, e, t, o, dispostas nessa ordem e ditas dessa forma, assim, concreto, e já se disse
tudo, pois as palavras agem, sentem e falam por elas próprias. A palavra nuvem chove. A palavra triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. A palavra carro corre.
A palavra palavra diz. O que quer. E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma mas são diferentes das pessoas em vários pontos. As palavras dizem o que querem, está dito e pronto. As palavras são sinceras, as segundas intenções são sempre das pessoas. A palavra juro não mente. A palavra mando não rouba. A palavra cor não destoa. A palavra sou não vira casaca.
A palavra liberdade não se prende. A palavra amor não se acaba. A palavra idéia não muda. Palavras nunca mudam de idéia. Palavras sempre sabem o que querem. Quero não será desisto. Sim jamais será não. Árvore não será madeira. Lagarta não será borboleta. Felicidade não será traição. Tesão nunca será amizade. Sexta-feira não vira sábado nem depois da meia-noite. Noite nunca vai ser manhã. Um não serão dois em tempo algum. Dois não será solidão. Dor não será constantemente. Semente nunca será flor. As palavras também têm raízes mas não se parecem com plantas, a não ser algumas delas, verde, caule, folha, gota. As células das palavras são as letras. Algumas são mais importantes do que as outras. As consoantes são um tanto insolentes. Roubam as vogais para construírem sílabas e obrigam a língua a dançar dentro. da boca. A boca abre ou fecha quando a vogal manda. As palavras fechadas nem sempre são mais tímidas. A palavra sem-vergonha está aí de prova. Prova é uma palavra difícil. Porta é uma palavra que fecha. Janela é uma palavra que abre. Entreaberto é uma palavra que vaza. Vigésimo é uma palavra bem alta. Carinho é uma palavra que falta. Miséria é uma palavra que sobra. A palavra óculos é séria. Cambalhota é uma palavra engraçada. A palavra lágrima é triste. A palavra catástrofe é trágica. A palavra súbito é rápida. Demoradamente é uma palavra lenta. Espelho é uma palavra prata. Ótimo é uma palavra ótima. Queijo é uma palavra rato. Rato é uma palavra rua.
Existem palavras frias como mármore. Existem palavras quentes como sangue. Existem palavras mangue, caranguejo. Existem palavras lusas, Alentejo. Existem palavras itálicas, ciao. Existem palavras grandes, anticonstitucional. Existem palavras pequenas, microscópico, minúsculo, molécula, partícula, quinhão, grão, covardia. Existem palavras dia, feijoada, praia, boné, guarda-sol. Existem palavras bonitas, madrugada. Existem palavras complicadas, enigma, trigonometria, adolescente, casal. Existem palavras mágicas, shazam, abracadabra, pirlimpimpim, sim e não. Existem palavras que dispensam imagens, nunca, vazio, nada, escuridão. Existem palavras sozinhas, eu, um, apenas, sertão. Existem palavras plurais, mais, muito, coletivo, milhão. Existem palavras que são palavrão. Existem palavras pesadas, chumbo, elefante, tonelada. Existem palavras doces, goiabada, marshmallow, quindim, bombom. Existem palavras que andam, automóvel. Existem palavras imóveis, montanha. Existem palavras cariocas, Corcovado. Existem palavras completas, elas todas.
Toda palavra tem a cara do seu significado. A palavra pela palavra tirando o seu significado fica estranha. Palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra, palavra não diz nada, é só letra e som.

Falcão, Adriana. Pequeno dicionário de palavras ao vento. São Paulo: Planeta do Brasil, 2003, p.108-10.

Lista de palavras citadas pelos alunos:
A palavra caneta, escreve
A palavra borracha, apaga
A palavra tijolo, constrói
A palavra rio, corre
A palavra água, molha
A palavra toalha, seca
A palavra bolsa, leva
A palavra porta, abre e fecha
A palavra vida, não é morta
A palavra banho, nunca se suja
A palavra cão, late
Vento é uma palavra que balança.
Milagre é uma palavra inacreditável.
Sorriso é igual a só riso.
Pinga é uma palavra que cai em gotas.
Detergente é o ato de prender pessoas
Existe palavra bem funda, como profundo.
Exite palavra que é ruim ao quadrado, como amargura pois é amargo e duro ao mesmo tempo.
Balanço é uma palavra que vai e vem.
Corrói é uma palavra que rói. Força é uma palavra forte.
Amarrador = segura a dor.
O pesadelo torna a noite pesada
Cremoso é meio mole, meio duro.
A palavra sexo, reproduz
A palavra terror, assusta
A palavra camisinha, protege
A palavra morte é o fim de tudo.

Num terceiro momento do encontro, fizemos a proposta de atividades da oficina 9 - unidade 18, página 254 do TP5.


Observamos que a coerência do anúncio publicitário é construída com base no discurso de proteção à natureza tão enfatizado e fundamental nos dias de hoje.
A relação entre o texto verbal e o não-verbal se constrói de forma harmoniosa entre o título do texto que evoca as cores da natureza e que são também as cores da bandeira nacional, ou seja, remete o leitor a dupla interpretação: 1º - a empresa Furnas, por ter desenvolvimento sustentável, protege a natureza;
2º- Furnas, através de uma política ambiental, também protege a nação brasileira, protege suas crianças, seu povo, seu desenvolvimento tecnológico sem agredir a natureza.
A frase "Toda a riqueza gerada por Furnas vem do meio ambiente. Por isso é fundamental uma política ambiental voltada ao desenvolvimento sustententável do Brasil" associada com as imagens expressam a ideia de que a energia que Furnas produz, bem como o resultado dessa energia, que são o desenvolvimento das indústrias, das escolas, da agricultura, vem da natureza, por isso é fundamental protegê-la para garantir sempre o desenvolvimento associado ao bem estar de todos.